quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Vazio. Era uma sala vazia. Era uma sala branca. Era um sala silenciosa. SILENCIO. não haviam pensamentos. NADA. No chão, tintas, e como pincéis as mão de um corpo nu. A tinta como por curiosidade passa a desenhar no corpo as marcas de uma vida. Em pensamento, surge uma melodia calma e serena, enquanto aquele corpo se descobre e se cria. A música é agora crescente e os movimentos delinquentes.
Freneticamente o corpo não se contenta em pintar apenas a si mesmo e começa a colorir as peredes. De repente, não se trata mais de um corpo, um indivíduo, um objeto. É um alguém, um ser humano, uma pessoa com suas qualidades, defeitos, gênios e personalidade.
Alguém que tem vida e ânsia de viver e quer viver. Mas como?
Preso em uma sala fechada, ainda branca, ainda fria, ainda morta. Tantos sonhos haviam surgido, tantas idéias e planos. E era impossível ambicionar qualquer coisa naquela realidade.
Agora era a raiva e a frustração que o motivavam a pintar as paredes e expressar para público algum o que estava sentindo. A busca por uma solução era inútil. O cansaço venceu a vontade de lutar. A música de tranquila passou a ser violenta e agora... SILENCIO.
Nada mais o fazia ter vontade. A pessoa voltou a ser apenas um corpo nu. Com algumas histórias, mas ainda assim sosinho.

Um comentário:

Mauricio disse...

O fazio o nada é sempre o começo é sempre o fim... fim de tudo, fim de todos menos nós, somos juntos a porta, a janela a chave a alma a liberdade da imaginação, somos o amor e nos amamos de forma pura, de forma humana com defeitos e virtudes e desejos e sonhos e somos o nada, somos o fim, mas o nosso fim não é fazio o nosso fim não é em branco o nosso vim é a aternidade azul do infito por como diz a musica " Deus reúne os que se amam..."

Bjos