As vezes acho que o mundo poderia acabar agora. Sinto um certo prazer de tudo que já fiz... Tem dias que tudo parece estar bem até demais. A alegria as vezes parece ser tanta que nem cabe dentro de mim...
Dizem que o amor faz isso com as pessoas... Dizem que os olhos brilham, o coração bate mais rápido, os sorrisos mudam, os jeitos, os traços e os sentimentos, frenéticos, não param de ir e vir...
De repente... PÁRA! Parece que tudo a cabou. O vazio cresce, a histeria passa e eu não quero mais sentir nada. Não quero mais que minhas dúvidas me engulam, não quero que esse medo me domine.
De repente quero parar e apenas refletir... Aonde isso vai me levar...?
sexta-feira, 9 de abril de 2010
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Um comentário:
que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar a malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão vazio,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito, e a sede infinita
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