Um belo dia ela acordou e percebeu que era verdade. Ela havia dito que SIM e estava lá. Aquele homem ao seu lado, era o amor que descobrira em sua juventude, era aquele homem que a fizera se encantar em uma tarde no trânsito enquanto voltavam para casa, era aquele homem que a fizera ansiar por um beijo, aquele homem que um dia a surpreendeu com um pedido de namoro, aquele homem que a fizera perder o fôlego semanas depois. Amar.. ela descobrira o que era o amor! E era tão bom amar que ela ainda sentia esse amor, tão forte e tão intenso.
Ela o observa dormir, e a respiração estava calma, um sorriso esboçava o seu rosto. Ah! Esse sorriso, ela ainda podia se lembrar da primeira vez em que vira "O" sorriso. Como ela se sentia bem por saber que aquele sorriso estva ali por sua causa.
Felicidade! Descobriram juntos o que era essa tal felicidade, descobriram juntos o que era essa tal cumplicidade.
Ele parecia sonhar e os raios de sol que entravam tímidos pela janela do quarto iluminavam aquele rosto que ela tanto gostava. Os olhos que tinham as intenções mais sinceras. O homem da sua vida.
Era cedo quando ela descobriu que ele seria o homem da sua vida... Ele a pedira em casamento e ela dizia que se casaria com ele, que ele seria o seu amor pra sempre (ou por 300 anos), que ela iria dividir a vida com ele. Dizia que imaginava seus filhos, e como eles seriam lindos! Imaginava a casa onde morariam, um closet só de sapatos. Tudo estava exatamente como ela imaginara anos antes, mas sem um closet só parar sapatos, que desperdício de espaço!
Ela o beijou o rosto e se levantou. Caminhou até a janela e viu o dia lindo que fazia do lado de fora. O céu limpo, as árvores que dominavam a paisagem e o sol que anunciava um ótimo dia. Olhou o relógio e ainda era tão cedo! Abriu silenciosamente a porta do quarto e caminhou por um corredor. Abriu discretamente mais uma porta. No outro cômodo dois anjos dormiam. Era tão bom saber que aquilo era real e que todos os sonhos haviam se concretizado. Tantas mudanças que aconteceram em sua vida e naquele instante ela sabia que não era mais uma menina, mas sim uma mulher. Realizada, apaixonada e plenamente feliz. Ficou ali parada observando os frutos do amor que trocara com seu marido e agradecia por tudo o que havia conquistado.
Lentamente voltou para o quarto, deitou ao lado do homem que tanto amava para descansar mais um pouco. Logo as crianças acordariam e ela teria que esperar pela noite para deitar novamente ao lado da razão de sua vida. Se acomodou naqueles braços que já a envolviam com força. Um beijo de bom dia e tudo o que ela precisava estava ali, bem perto, bem vivo e seria pra sempre.
sábado, 18 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Vazio. Era uma sala vazia. Era uma sala branca. Era um sala silenciosa. SILENCIO. não haviam pensamentos. NADA. No chão, tintas, e como pincéis as mão de um corpo nu. A tinta como por curiosidade passa a desenhar no corpo as marcas de uma vida. Em pensamento, surge uma melodia calma e serena, enquanto aquele corpo se descobre e se cria. A música é agora crescente e os movimentos delinquentes.
Freneticamente o corpo não se contenta em pintar apenas a si mesmo e começa a colorir as peredes. De repente, não se trata mais de um corpo, um indivíduo, um objeto. É um alguém, um ser humano, uma pessoa com suas qualidades, defeitos, gênios e personalidade.
Alguém que tem vida e ânsia de viver e quer viver. Mas como?
Preso em uma sala fechada, ainda branca, ainda fria, ainda morta. Tantos sonhos haviam surgido, tantas idéias e planos. E era impossível ambicionar qualquer coisa naquela realidade.
Agora era a raiva e a frustração que o motivavam a pintar as paredes e expressar para público algum o que estava sentindo. A busca por uma solução era inútil. O cansaço venceu a vontade de lutar. A música de tranquila passou a ser violenta e agora... SILENCIO.
Nada mais o fazia ter vontade. A pessoa voltou a ser apenas um corpo nu. Com algumas histórias, mas ainda assim sosinho.
Freneticamente o corpo não se contenta em pintar apenas a si mesmo e começa a colorir as peredes. De repente, não se trata mais de um corpo, um indivíduo, um objeto. É um alguém, um ser humano, uma pessoa com suas qualidades, defeitos, gênios e personalidade.
Alguém que tem vida e ânsia de viver e quer viver. Mas como?
Preso em uma sala fechada, ainda branca, ainda fria, ainda morta. Tantos sonhos haviam surgido, tantas idéias e planos. E era impossível ambicionar qualquer coisa naquela realidade.
Agora era a raiva e a frustração que o motivavam a pintar as paredes e expressar para público algum o que estava sentindo. A busca por uma solução era inútil. O cansaço venceu a vontade de lutar. A música de tranquila passou a ser violenta e agora... SILENCIO.
Nada mais o fazia ter vontade. A pessoa voltou a ser apenas um corpo nu. Com algumas histórias, mas ainda assim sosinho.
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